Nossa História
"Um povo que não conhece sua História está fadado a repeti-la." (Edmund Burke)
Publicado em 01/01/2016 19:31 - Atualizado em 19/07/2021 19:46
Etimologia
O topônimo Mutum se deve à abundância do pássaro homônimo na região na época da fundação da cidade. Mutum é a designação comum às aves galiformes da família dos cracídeos, florestais, dos gêneros Crax e Mitu, sendo várias espécies dessas aves ameaçadas de extinção. Tais animais possuem uma plumagem geralmente negra, com topete com penas encrespadas ou lisas e bico com cores vivas.
História
Os primeiros habitantes de Mutum foram os índios Botocudos, que vieram da região do recôncavo baiano, expulsos pelos índios guaranis por motivos bélicos. Durante o início do século XIX, em 1809, a região deixou de ser "proibida" pela coroa, então os povos começaram a se aproximar pelo Rio Pardo (hoje o município de Iúna-ES), os primeiros a se instalarem eram tropeiros, com suas vestimentas características do costume crioulo, criavam rancharias e no lombo dos burros, levavam a produção e traziam bens de consumo, foi se formando pequenas estalagens, vieram os jesuítas e vigários, construíram-se as pequenas Capelas, formou-se a pequena vila, que nos fins de semana recebia gente que vinha para a Capela e comprava bens, veio o mercado. as suas festas eram no mês de Junho (junina de São João)ali comia-se torresmos, farinha e bolos, churrascos, broas e batatas. A dança era a quadrilha, o congo.e o boi bumbá foi, e ainda são as tradições folclóricas mais importantes. Mutum fica na região que outrora foi denominada Região das Matas. Cidade com muitas belezas naturais, incluindo inúmeras cachoeiras, tornou-se ponto atrativo para quem gosta da natureza. O município conta com atrações turísticas não muito conhecidas, tal como um parque arqueológico indígena que foi descoberto pela Família dos Rodrigues da Fonseca. Conta nos dias de hoje com uma grande festa que se dá no mês de Julho, uma Exposição Agropecuária. Na mesma data, é realizado o encontro do mutuense ausente, época na qual os que aí nasceram e vivem longe, voltam para rever a terra natal, os amigos e as mudanças que vêm acontecendo no município.
Geografia
De acordo com a divisão regional vigente desde 2017, instituída pelo IBGE,[10] o município pertence às Regiões Geográficas Intermediária de Juiz de Fora e Imediata de Manhuaçu.[2] Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, fazia parte da microrregião de Aimorés, que por sua vez estava incluída na mesorregião do Vale do Rio Doce.[11]
Sua população informada segundo dados do censo 2010 é de 26.661 habitantes.
Sendo:
- População feminina 13.186
- População masculina 13.475
- População urbana 13.871
- População rural 12.871
Localização geográfica
O município de Mutum localiza-se na região do Vale do Rio Doce. Possui uma área de 1.256,08 km², e é limitado ao norte pelos municípios de Aimorés e Pocrane, ao sul pelos municípios de Chalé e Lajinha, a leste por Ibatiba (ES), Brejetuba (ES) e Afonso Cláudio (ES), e a oeste por Taparuba e Conceição de Ipanema.
Além da sede o município possui cinco distritos (Ocidente, Centenário, Humaitá, Imbiruçu e Roseiral, que teve seu cartório constituído em 28 de agosto de 1892), quatro povoados (Santa Rita, Santa Maria, Santa Efigênia e Lajinha do Mutum) e 54 comunidades. A sede encontra-se a 240 metros de altitude, nas coordenadas 19°49’01" de latitude sul e 41°26’18" de longitude oeste.
Mutum é servida pela rodovia MG-108, que faz ligação com a BR-262 (asfaltada) ao sul, e pela BR-474, que dá acesso à cidade de Aimorés ao norte, com parte asfaltada (42 km) e parte sem asfalto (28 km).
Hidrografia
É banhada pelos rios São Manoel, Mutum e José Pedro.
Relevo
Seu relevo é composto em parte por várzeas, influência das baixadas do Rio Doce onde podemos encontrar várias lagoas e, em parte por montanhas. O Município é o limite onde terminam as baixadas e começam as elevações que vão terminar na Serra do Caparaó. No Município há várias elevações onde destacam-se: a Pedra Pirraça ou Pedra Santa (localizada no Distrito de Imbiruçu), na pedra foi construída, pelo carpinteiro Teófilo Belmiro, uma pequena igreja de madeira fincada em pequenos furos feitos na pedra com ferramentas rudimentares, dedicada a Nossa Senhora do Montserrat, que foi destruída pelo vento e pelo tempo, outras duas vezes foram construídas igrejas, que novamente foram destruídas, atualmente temos uma nova feita em alvenaria. No alto da pedra brota uma água que nunca seca, considerada santa, guardada por uma imagem ), a Pedra do Gaspar, a Pedra de Santa Elisa e principalmente a Pedra Invejada, uma das mais belas paisagens do interior mineiro. porém a região dos distritos de Roseiral, Humaitá e Imbiruçu, são de solo roxo e vermelho, montanhoso, com altitudes que chegam a mais de 1.000 metros do nível do mar. Com grandes serras e produção de café das montanhas. a neblina pela manhã e as tardes amareladas são comuns nos montes durante o pôr so sol do mês de junho.
Devido ao desnível entre a baixada e as elevações, no Município existem várias e belas cachoeiras, principalmente no Rio São Manoel.
Vegetação
A vegetação predominante no município é a de Mata Atlântica. Suas árvores mais altas atingem geralmente de 25 a 30 metros de altura. Predomina a floresta subcaducifólia tropical, rica em cipós e epífitas. A peroba (Aspidosperma sp.), o Cedro (Cedrella spp), o Jacarandá (Machaerium villosum), o Palmito (Euterpe edulis), o Pau-Brasil (Caesalpina echinata) e o Ipê amarelo (Tabebuia sp) foram espécies exploradas na Mata Atlântica.
Além de madeira, a Mata Atlântica contribuiu muito com seus solos para o desenvolvimento econômico do Município. A maior parte deles pertence ao grupo dos latossolos vermelho-amarelos, entre os quais se inclui a terra roxa, propícia ao cultivo do café e nos quais se instalaram várias culturas tais como; cana-de-açúcar, milho, arroz e feijão. No que tange às pastagens, o capim colonião (Panicum maximum) vegeta de forma agressiva quase naturalmente, apresentando elevado potencial nutritivo.
Infelizmente o Município está sendo invadido por plantações de eucaliptos que destrói a vegetação nativa, transformando numa monovegetação. O eucalipto está contribuindo para o êxodo rural, devido ao fato de não gerar mão de obra no campo, uma vez que só há trabalho na plantação e na colheita (corte) que é feita por máquinas.
Outro mal que a plantação de eucaliptos causa, é o extermínio da produção de café e cereais que serviria para a alimentação, bem como ocupa os antigos pastos extinguindo a criação de gado que é tradicional na região, além da destruição da fauna nativa, que fica sem alimentos e seu habitat.
Economia
Mutum é um município cujo principal setor econômico é o agropecuário, com base produtiva primária assentada principalmente na produção de café, milho e feijão, além de um importante rebanho de gado.
Educação
A cidade conta com várias escolas de ensino básico, seja no centro da cidade ou nos seus distritos da zona rural.
Mutum também possui um polo da Uniasselvi EAD[12] e da Universidade Cruzeiro do Sul, além de um polo da UAITEC (Universidade Aberta Integrada).
Cidadãos ilustres
Ver também
Referências
- ↑ Ir para:a b c Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). «Mutum». Consultado em 4 de julho de 2019. Cópia arquivada em 4 de julho de 2019
- ↑ Ir para:a b c Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2017). «Base de dados por municípios das Regiões Geográficas Imediatas e Intermediárias do Brasil». Consultado em 10 de fevereiro de 2018
- ↑ Enciclopédia dos Municípios Brasileiros (2007). «Mutum - Histórico»(PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 4 de julho de 2019. Cópia arquivada (PDF) em 4 de julho de 2019
- ↑ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (9 de setembro de 2013). «Mutum - Unidades territoriais do nível Distrito». Consultado em 4 de julho de 2019. Cópia arquivada em 4 de julho de 2019
- ↑ Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. «Busca Faixa CEP». Consultado em 1 de fevereiro de 2019
- ↑ «RESOLUÇÃO Nº 3, DE 26 DE AGOSTO DE 2019 - RESOLUÇÃO Nº 3, DE 26 DE AGOSTO DE 2019 - DOU - Imprensa Nacional». www.in.gov.br. Consultado em 28 de agosto de 2019
- ↑ Atlas do Desenvolvimento Humano (29 de julho de 2013). «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil» (PDF). Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Consultado em 4 de julho de 2019. Arquivado do original (PDF) em 8 de julho de 2014
- ↑ Ir para:a b Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2016). «Produto Interno Bruto dos Municípios - 2016». Consultado em 4 de julho de 2019. Cópia arquivada em 4 de julho de 2019
- ↑ Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC). «Lista por santos padroeiros» (PDF). Descubra Minas. p. 20. Consultado em 14 de setembro de 2017. Cópia arquivada (PDF) em 14 de setembro de 2017
- ↑ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2017). «Divisão Regional do Brasil». Consultado em 4 de julho de 2019. Cópia arquivada em 4 de julho de 2019
- ↑ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2016). «Divisão Territorial Brasileira 2016». Consultado em 4 de julho de 2019
- ↑ Uniasselvi. «Polo Uniasselvi Mutum». Consultado em 20 de novembro de 2017
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Mutum_(Minas_Gerais)
por Câmara Municipal de Mutum - MG